domingo, 13 de fevereiro de 2011

Como encarar os últimos dias?

Posted by Angelo Bazzo on 11:30 | No comments

Desde que o Senhor Jesus veio a terra, foram iniciados os “últimos dias” ( Hb1.1,2). Isso significa que sua primeira vinda é o início do fim, e que todo contexto da vida depois do advento de Cristo tem uma característica de finalização.

Existem pessoas que costumam atormentar outros com presságios do fim do mundo, como se isso fosse uma coisa que começou agora, mas não percebem que o “mundo”(kosmos) há um bom tempo está em seus últimos suspiros. O fim do mundo não é um tema novo, não foi ontem que começou o "início do fim", mas faz dois mil anos que tal coisa principiou. Logo, para que alarmar pessoas como se isso fosse algo totalmente novo e sensacionalista?

Eu costumo chamar esse tipo de pensamento de “apocalíptico”. São semelhantes aqueles que vemos nos filmes, onde uma nave espacial (no caso seria Jesus) desce sem motivos aparentes e leva alguns ser humanos para um experimento em outro planeta. Isso é coisa de filme, não da Bíblia!

Mas existem, também, aqueles que sabem que os últimos dias começaram a dois mil anos, e por saberem disso, tornam-se semelhantes aos homens do tempo de Noé, que por não estavam crerem na vinda do dilúvio, viviam uma vida normal. Esse é um outro extremo que o povo de Deus vive hoje.

É como se nós pudéssemos estabelecer o governo de Deus na Terra sem que Ele esteja na Terra. E antes que você comece a dizer que Deus está na Terra por meio de sua igreja, eu quero lembrá-lo da palavra referida a volta de Jesus, que é a palavra “parousia”. Ela fala da presença física de Jesus na Terra, coisa que não temos hoje. O governo total de Deus só irá ser estabelecido com a segunda vinda de Jesus. Não falo com alegria, mas o Brasil ainda não é do Senhor Jesus. Pois o mundo jaz no maligno, e o Brasil faz parte do mundo, logo ele, pertence legalmente ao Diabo.

Somos chamados para praticar o “já, mas ainda não” do Reino de Deus.

O Reino já veio na primeira vinda, sim, ele veio realmente.
O Reino virá na segunda vinda, sim, ele virá totalmente.

E hoje, que estamos prensados entre a realidade e a totalidade do Reino, que possamos “ser Igreja”, nos abrindo para que seu Reino venha para a Terra por meio do derramar do Espírito sobre toda carne.

Que estejamos abertos para viver nosso chamado de ser uma comunidade profética, que encarna hoje a realidade do Amanhã. "A hora está vindo, e já chegou..."

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Ele se tornou pobre, por Packer

Posted by Angelo Bazzo on 11:26 | No comments

Percebemos agora o significado para o Filho de Deus de esvaziar-se e tornar-se pobre. Significa deixar de lado a glória (a kenôsis real); o retraimento voluntário do poder; a aceitação de dificuldades, isolamento, maus-tratos, malignidade, incompreensão; e finalmente a morte, envolvendo uma agonia tão grande — mais espiritual que física — que sua mente quase entrou em colapso ao prospectá-la (v. Lc 12:50 e a narrativa do Getsêmani). Isso significou o amor mais sublime já sentido pelos indignos seres humanos, que puderam tornar-se ricos por meio da pobreza dele.
 
A mensagem do Natal anuncia a esperança para a humanidade arruinada — esperança de perdão, de paz com Deus, de glória — porque, pela vontade do Pai, Jesus Cristo tornou-se pobre e nasceu em um estábulo, para que trinta anos depois pudesse ser levantado na cruz. Esta é a mais bela mensagem que o mundo já ouviu ou ouvirá.
 
Falamos muito sobre o “espírito do Natal”, mas raramente com um significado maior que contentamento em termos de relações familiares. Mas o que dissemos torna claro que essa expressão tem na realidade um significado muito mais rico. Devia significar a reprodução na vida humana da disposição daquele que por amor a nós tornou-se pobre no primeiro Natal. O próprio espírito natalino devia caracterizar o cristão o ano inteiro.
 
É para nós vergonha e desonra que muitos cristãos hoje — serei mais específico: tantos cristãos fundamentalistas e ortodoxos — vaguem por este mundo no espírito do sacerdote e do levita da parábola do Senhor, vendo a seu redor as necessidades dos homens, mas (depois de um desejo piedoso e talvez de uma oração, pedindo que Deus supra as necessidades dessas pessoas) desviam os olhos e passam, sem parar, para o outro lado. Este não é o espírito do Natal. Não é também o espírito dos cristãos — e há muitos assim — cuja ambição na vida parece limitada a construir um belo lar de classe média, fazendo agradáveis amizades com cristãos de sua classe, criando os filhos nos corretos moldes cristãos de seu grupo e deixando que indivíduos das subclasses da comunidade, cristãos ou não, avancem sozinhos na vida.
 
O espírito natalino não resplandece no cristão esnobe, pois é o espírito das pessoas que, como seu Mestre, vivem inteiramente dedicadas ao princípio de se tornar pobres — gastando e sendo gastos — para enriquecer o próximo, dedicando tempo, esforço, cuidados e interesses para fazer o bem aos outros — e não apenas para seus amigos — conforme a necessidade do momento.

São poucos os que demonstram esse espírito na essência. Se Deus, por misericórdia, nos avivar, uma das coisas que ele fará será trabalhar esse espírito em nosso coração e em nossa vida. Se quisermos um despertamento espiritual em nós mesmos, uma das primeiras providências seria procurar cultivar esse espírito. “Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos” (2Co 8:9). “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus” (Fp 2:5). “Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o coração” (Sl 119:32; TB).
 

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Combatendo o legalismo com a cruz. C. J. Mahaney

Posted by Angelo Bazzo on 10:16 | 1 comment

A doutrina da justificação deve ser constantemente reforçada e revisitada, como Martinho Lutero estava bem ciente. Seu duro conselho: “Bata com isso em suas cabeças de forma contínua.” Precisamos continuamente aplicar e valorizar a verdade da justificação em nossas vidas – diariamente. Se não o fizermos, vamos nos encontrar suscetíveis a um dos inimigos mais sutis e graves da Igreja: o legalismo.
 
Legalismo envolve tentar ganhar aceitação de Deus através de nossa própria obediência. Nós temos somente duas opções: ou receber a justiça como um dom dado por Deus ou tentar gerar a nossa própria justiça. O legalismo é a tentativa de ser justificado através de alguma outra fonte que não seja Jesus Cristo e sua obra terminada.
 
Aderir ao legalismo é acreditar que a cruz era desnecessária ou insuficiente (Gl 2:21; 5:2). Se você tem sido legalista, essa é uma interpretação precisa da sua motivação e de suas ações, mesmo se você ainda concorda mentalmente com a necessidade do sacrifício de Cristo. Em nossa busca legítima por obediência e maturidade, o legalismo lentamente e sutilmente toma conta de nós, e nós começamos a substituir as nossas obras pelo trabalho acabado de Jesus. O resultado é ou arrogância ou condenação. Em vez de crescer na graça, abandonamos a graça. Essa foi a avaliação que Paulo fez da igreja da Galácia, quando escreveu: “Vocês que estão tentando ser justificado pela lei foram alienados de Cristo, vocês têm caído da graça” (Gl 5:4).
 
Se você já tentou viver dessa forma, você já deve ter aprendido que legalismo é tão fútil quanto frustrante. Toda tentativa legalista de se auto-justificar inevitavelmente termina em fracasso. No decurso dos anos, aprendi a reconhecer alguns sinais característicos da presença do legalismo. Aqui vão alguns deles:
• Você é mais consciente dos seus pecados do passsdo do que é consiente da pessoa e da obra acabada de Cristo.
• Você vive pensando, acreditando e sentindo que Deus está desapontado com você em vez de se alegrando em você.
• Você acha que a aceitação de Deus a você depende da sua obediência.
• Falta alegria em você. (Esse é geralmente um indicativo da presença do legalismo. 

Condenação é o que acontece quando pesamos nossa deficiência; Alegria é o que acontece quando consideramos a suficiência de Cristo.)
Você tem sido ludibriado pela súbita presença do legalismo? Se sim, cuidado. Ele tende a se espalhar em vez de permanecer restrito (Gl 5:9 diz: “Um pouco de fermento leveda toda a massa”). O legalismo deve ser removido.
 
A única forma eficaz de se desarraigar o legalismo é com a doutrina da justificação. Se você tem negligenciado ou ignorado essa doutrina, então tome alguma atitude drástica para mudar. 
Tire tempo dia-a-dia para revisar, reler e se alegrar nessa verdade maravilhosa e objetiva. Restrinja sua dieta espiritual ao estudo da justificação até que você tenha certeza da aceitação de Deus, segurança no seu amor e libertação do legalismo e da condenação.
 
A crucificação de Jesus Cristo foi o acontecimento mais decisivo da história. Sinclair Ferguson precisamente declarou o seguinte:
“A Cruz é o coração do evangelho. Ela faz o evangelho ser boa notícia: Cristo morreu por nós. Ele permaneceu no nosso lugar diante do juízo de Deus. Ele suportou os nossos pecados. Deus fez algo na Cruz que nunca poderíamos fazer por nós mesmos. [...] A razão por que nos falta segurança na sua graça é porque deixamos de focar o local onde ele no-la revelou”.

Onde você vai focar a sua atenção? Nos seus pecados do passado, no seu estado emocional atual, nas áreas de seu caráter em que você ainda precisa crescer? Ou você vai centrar-se na obra consumada de Cristo? O legalismo não precisa motivá-lo. Condenação não precisa atormentar você. Deus já justificou você.
Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo

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O Jardim da História

Posted by Angelo Bazzo on 10:07 | No comments

Leitura – Gn 2.8; Jo20.15; 1co 3.9; Jo 15.1,2

A história é controlada por Deus assim como um jardineiro cuida e controla aquilo que ele plantou. No éden nos é dito que Deus plantou um jardim. Isso nos ensina que a história que se segue é semeada , cuidada, regada por ele, mas mesmo assim possui uma vida de liberdade.

Jesus, no momento de sua ressurreição foi confundido com um jardineiro. Isso tem significado a todos nós, pois é exatamente por meio de sua ressurreição que nova vida foi liberada sobre o jardim da história. Jesus é confundido com um jardineiro porque na primeira vinda ele veio reparar os estragos que o pecado causou.

Na época da igreja, Paulo compara a igreja com uma lavoura, Jesus compara a si mesmo e sua relação com seus discípulos com uma videira. Desta forma vemos uma relação orgânica relacional na vida com Deus.Jesus fala de seu pai como um agricultor,mas Paulo fala de si mesmo como cooperador desta lavoura.

Certamente é para isso que temos sido chamados, para cooperarmos com o plantar, regar e limpar aquilo que Deus está fazendo na história de seu plano.

Também somos chamados para confiar que, uma vez que somos sua lavoura, ele nunca deixará que nos falte o suprimento necessário para vivermos em comunhão com ele.

Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?”

Que no ano que se inicia, possamos ser felizes, sabendo que Deus nos fez livres para crescer, mas nunca nos abandona,pelo contrário,rega e cuida de nossas histórias,que são pequenas sementes dentro do grande jardim da história,que possamos também,cooperar com o crescimento de nosso próximo,sendo jardineiros fiéis no cumprir da história divina.

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